sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Apenas uma canção sem melodia


E se for eu mesmo que estou em seu pensamento?
Quando irá me dizer?
Mande-me um e-mail
Faça-me um poema ou
Cante-me uma canção
Só preciso de um sinal
Pra ter certeza que posso te esperar
Venha até mim e me conte o que você realmente quer
Diga-me alguma coisa além de vontades passageiras
Mostre-me alguma ação ou um sentimento que valha
Só preciso de um sinal
Pra ter certeza que posso te esperar

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Partiremos pois que o sol já se anuncia
Partiremos já antes que nos apareça o dia
Partiremos sim para deixarmos de vez toda essa melancolia
Partiremos agora para não mais se lembrar do que deveria

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Desabafo

Por que tortura meu pensamento com suas palavras?
Espero que saiba que estamos presos por conforto ou simplesmente por ter medo de lutar.
Não sei se seriamos mais felizes do que somos hoje.
Mas mentiria se dissesse que nunca pensei na gente.
Nos meus planos eu te sustentaria enquanto segura firme a minha mão.
Me leve daqui. Vamos descobrir. Nos descobrir. Despir
Eu só queria voar...
Mas você tem medo de altura.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pensamentos soltos

Encontre-me antes que eu me perca de mim

Tire-me daqui que eu voarei com você

Sinta-me antes que eu me esqueça de ti

Esteja comigo que eu estarei com você

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Feliz dia novo

São cinco da manhã e o relógio não mais desperta
O dia chega lá fora, e eu, por trás da cortina, neeem desconfio
Na escuridão, de agora em diante, descubro meus pés que começam a se arrastar beeeeem de leve
Aos poucos, em um tempo qualquer que é só meu, eu começo a enxergar o que realmente pode ser algo
Algo que pode mudar completamente na próxima escuridão

terça-feira, 27 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Renan de souza silva

O tempo parece que anda, disse o pobre menino rico. Ele às vezes acelera, às vezes atrasa. Eu sempre me perco nele. Ô tempo maluco... Quando eu crescer vou comprar ele pra mim.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

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Ainda me lembro das noites de segunda, a primeira vez que me perdi nesses olhos de bandido
Sinto o cheiro das vinte e uma horas que hoje fazem falta em meu relógio
Sim, se foi
A sua procura acabou e eu estou despedaçada
Tudo morreu antes mesmo de nascer
Tudo morreu quando eu cheguei a você

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O diário de um amigo de um amigo meu

Depois de muito tempo resolvi escrever sobre você e lembrar como tudo aconteceu...
Nosso primeiro contato:
Dezembro. Era um aniversário, eu descia uma escada e você subia. Eu te olhei sem esperar nada e recebi uma imensidão.

Nosso segundo contato:
Fevereiro. Uma cafeteria, mas a gente não tomava café. Eu nem liguei pra você. Mas percebi que estava ali.

Nosso terceiro contato:
Março. Você deitou no meu colo e enquanto eu mexia em seus longos fios negros, você me cantava uma música estranha.

Depois disso parei de contar...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

IANDÊ

Hoje sou Fulano de Tal de nome legal
Fui filho de Pedro e Estácio de Sá
Nos pés a Oiapoque e na cabeça o Chuí
Sou um maluco mulato que vaga por aí
Preto malhado filho do sol
Sem rima bacana e um gingado sacana
Os pés e mãos inchadas de tanto cortar cana
Nas costas o peso da madeira
Nas mãos um espelho sem razão
Todo o dinheiro da seca indo embora com a corrupção

Carta incompleta

Hoje, se eu pudesse lhe enviar uma carta, até enviaria. Falaria que pensei demais e que hoje prefiro não saber. Sim, algo aconteceu, mas a gente finge que se conheceu agora é melhor pra nós três. Fiz uma escolha e não me arrependo, obrigada por me fazer sonhar e até acreditar, por me fazer está onde estou. Eu até quis, ainda queria. Mas ela... A, ela! Queria muito mais.

Incompleto

Vou te apagar da minha vida como se apaga um charuto no fim.

terça-feira, 18 de agosto de 2009


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Senhoria de Paula

Doce menina amarga que nos ombros carrega o mundo
Doce menina amarga que chora em um novo quarto velho
Doce menina amarga que fez do cabelo um mar de tinta
Doce menina amarga de muitos casos e poucos amores
Amarga menina doce que só queria aprender a voar

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Incompleto

Pena, como se leve fosse, foi dar uma volta pelo ar. Caiu.
Andorinha, como se pássaro fosse, foi voar. Caiu.
O meu amor, como se forte fosse, foi subir. Sumiu.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Escolhas de uma tóp

Amarelo como o sol?
Rosa como os lábios daquela senhorita?
Vermelho como se paixão tivesse cor?
Verde como uma mata intocável?
Azul como o cavalo do menino?
Branco como se fosse nuvem?
Andreia saiu do salão com suas unhas pintadas de esmalte incolor.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Incompleto

Não consigo não pensar, não viver, não sentir
É uma onda que me leva e me afoga
Não sei mais respirar
Um jogo de amor, de sobrevivência
Uma selva de sentimentos
Vidas, sonhos, eu, você e elas

quinta-feira, 23 de julho de 2009

No fundo de nada

Menino que não sabe o que quer.
Tão previsível e mesmo assim tortura meu pensamento.
Sem jeito me deixa você, quanto pontualmente as cinco e quarenta e cinco me envolve em seus olhos mortos.
Olhos esses que me prendem entre o querer e não saber.
Um eterno convite para uma dança que nunca existiu.
Segredos, vontades e o medo do desconhecido. O amor.

Foi sem querer querendo

Eu escondo.
Mas meu ato falho sempre me entrega.
Querido Eulálio,
Recebi a mais de um mês a sua carta. Como estás?! Tento-me desprender da dependência que era ter você todos os dias.
Sinto falta de sua voz e de sua alma.
Desculpe-me por não comparecer ao hospital, é que não era do meu conhecimento, portanto, a solidão que descreveu foi em parte culpa sua. Por que não mandou Balbino vir me chamar? Foi você que me trancou nessa casa em Petrópolis. Disseste a mim que mais tarde voltarias para me buscar. Porém, só o que tive foi uma senhora e seu marido, o médico, com notícias que Maria Eulália havia falecido e você enlouquecido. Desolada, cabei por ficar nessa casa fria e sem nenhum maxixe para passar o tempo.
Tinha certeza que voltaria por isso não saia de casa para nada. Temia que no momento em que eu fosse ao mercado você pudesse voltar, e por não me encontrar ia pensar que fugi com outro (sabe como é essa sua cabeça) e aí sim, não nos veríamos nunca mais.
Ai esse seu jeito possessivo... Sua loucura me matou aos poucos e mesmo assim só tinha olhos para você, pena que nunca acreditou em mim. Acabei por viver seu jogo, esse amor me adoeceu e doente agora estou. Agora sou.

Um beijo de sua eterna Matilde.