quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O diário de um amigo de um amigo meu

Depois de muito tempo resolvi escrever sobre você e lembrar como tudo aconteceu...
Nosso primeiro contato:
Dezembro. Era um aniversário, eu descia uma escada e você subia. Eu te olhei sem esperar nada e recebi uma imensidão.

Nosso segundo contato:
Fevereiro. Uma cafeteria, mas a gente não tomava café. Eu nem liguei pra você. Mas percebi que estava ali.

Nosso terceiro contato:
Março. Você deitou no meu colo e enquanto eu mexia em seus longos fios negros, você me cantava uma música estranha.

Depois disso parei de contar...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

IANDÊ

Hoje sou Fulano de Tal de nome legal
Fui filho de Pedro e Estácio de Sá
Nos pés a Oiapoque e na cabeça o Chuí
Sou um maluco mulato que vaga por aí
Preto malhado filho do sol
Sem rima bacana e um gingado sacana
Os pés e mãos inchadas de tanto cortar cana
Nas costas o peso da madeira
Nas mãos um espelho sem razão
Todo o dinheiro da seca indo embora com a corrupção

Carta incompleta

Hoje, se eu pudesse lhe enviar uma carta, até enviaria. Falaria que pensei demais e que hoje prefiro não saber. Sim, algo aconteceu, mas a gente finge que se conheceu agora é melhor pra nós três. Fiz uma escolha e não me arrependo, obrigada por me fazer sonhar e até acreditar, por me fazer está onde estou. Eu até quis, ainda queria. Mas ela... A, ela! Queria muito mais.

Incompleto

Vou te apagar da minha vida como se apaga um charuto no fim.

terça-feira, 18 de agosto de 2009


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Senhoria de Paula

Doce menina amarga que nos ombros carrega o mundo
Doce menina amarga que chora em um novo quarto velho
Doce menina amarga que fez do cabelo um mar de tinta
Doce menina amarga de muitos casos e poucos amores
Amarga menina doce que só queria aprender a voar

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Incompleto

Pena, como se leve fosse, foi dar uma volta pelo ar. Caiu.
Andorinha, como se pássaro fosse, foi voar. Caiu.
O meu amor, como se forte fosse, foi subir. Sumiu.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Escolhas de uma tóp

Amarelo como o sol?
Rosa como os lábios daquela senhorita?
Vermelho como se paixão tivesse cor?
Verde como uma mata intocável?
Azul como o cavalo do menino?
Branco como se fosse nuvem?
Andreia saiu do salão com suas unhas pintadas de esmalte incolor.